Episódio 2: “Nós somos Pescadores, não Predadores: a Luta por Justiça Social e Justiça Ambiental Contra Grandes Empresas Pesqueiras no Peru” com María Elena Foronda Farro e Lorenzo Macedonio Vázquez Contreras

Como a sobreexploração dos recursos marinhos e a destruição dos bioeco-socioambientes se relacionam com o capitalismo predatório atual e a colonialidade do “desenvolvimento”? María Elena Farro e Macedonio Vásquez compartilham seu profundo conhecimento sobre essas questões adquirido através de sua experiência de luta contra essas forças no chamado “paraíso fétido” de Chimbote, Peru, onde o ecocídio impactou tanto a vida humana quanto a não-humana.
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María Elena Foronda Farro é socióloga e ecóloga que tem concentrado grande parte de seu trabalho na erradicação da poluição causada pela indústria pesqueira em Chimbote, Peru, de onde é originária. Além de ser uma grande ativista pela democracia, justiça e direitos humanos em seu país, foi deputada pela região de Ancash, recebendo o Prêmio Internacional Goldman (2003). Em colaboração com os pescadores da costa norte do Peru, ela promove a revogação das concessões de exploração e extração de petróleo no mar, que os despojam de seus territórios, através do Frente Macro Regional del Norte Miguel Grau, em aliança com os povos indígenas em um processo chamado MARAMAZONIA.

Lorenzo Macedonio Vásquez Contreras, como Secretário Geral do Sindicato de Pescadores de Chimbote e Anexos, do Peru, representa os pescadores da frota pesqueira industrial. Ele denunciou a desumanização e o capitalismo indiscriminado promovido pelas grandes empresas pesqueiras, que forçam as tripulações a sair para pescar, às vezes em condições desfavoráveis para a captura da espécie de anchoveta, além de promover a pesca indiscriminada na zona central norte da costa peruana, colocando suas vidas em risco.

Transcrição

Este episódio foi gravado em espanhol. Abaixo está a tradução em português do podcast. Em breve…

Pontos de Aprendizagem

  • Quais são algumas das consequências prejudiciais da “sobreexploração dos recursos marinhos” para a vida humana e não-humana?
  • De acordo com os autores, quais são algumas das conexões entre o capitalismo predatório, a destruição do meio ambiente e o modelo colonial de desenvolvimento?
  • Você consegue pensar em possíveis vínculos entre a (in)justiça social e a (in)justiça ambiental no Antropoceno?
  • O que os autores querem dizer com os “Direitos da Natureza”? Como poderiam ser esses direitos?
  • Quais são algumas estratégias possíveis para enfrentar essas forças predatórias, desumanizadoras, poluidoras e destrutivas? Quais estratégias os autores sugerem? Você consegue pensar em outras?