De origem Mixteco-Zapoteco, a Dra. Gabriela Martínez Aguilar possui doutorado em Desenvolvimento Regional e Tecnológico pelo Tecnológico Nacional do México. Desde 2014, ela tem documentado o campo da medicina tradicional e suas práticas de cura nos Vales Centrais de Oaxaca, com o objetivo de destacar a urgência de sua proteção legal sob a perspectiva da propriedade intelectual detida pelas comunidades indígenas e seus portadores de conhecimento tradicional: curandeiros, parteiras e ervateiros. Ela também documentou algumas das respostas locais que as medicinas tradicionais em contextos rurais forneceram para enfrentar os diferentes desafios de saúde durante a pandemia de Covid-19, após terem sido deixadas de fora dos serviços médicos do governo. A partir de uma pesquisa de pós-doutorado no Centro de Investigaciones en Estudios Superiores en Antropología Social, Pacífico Sur, ela participa do projeto “Desigualdades Corporificadas do Antropoceno” e, sob a perspectiva da Antropologia Médica, busca não apenas contribuir para o estudo sobre as afetações que a atividade antropocêntrica tem causado sistematicamente no modo de vida das sociedades rurais, particularmente às mulheres e suas famílias cujas atividades socioeconômicas estão ligadas às práticas agrícolas, mas também investigar os impactos em sua saúde por meio de uma perspectiva interdisciplinar.