A Plantação como Ponto Crítico - Capital, Ciência, Trabalho e os Limites Terrenos da Saúde Global

Alex Nading
As plantações de cana-de-açúcar na América Central se tornaram “pontos críticos” de doença renal crônica (DRC), sendo o estresse térmico relacionado ao trabalho o fator mais fortemente associado à doença. Com base em pesquisa etnográfica sobre DRC na Nicarágua e uma análise minuciosa de documentos científicos e de políticas, este artigo enquadra a plantação como um “ponto crítico” de saúde de três maneiras: como um local de investimento intensivo que altera o meio ambiente, como locais de escrutínio da saúde pública e como pontos críticos de ação política.
Alex Nading é Professor Associado no Departamento de Antropologia da Universidade Cornell. Ele é autor de Mosquito Trails: Ecology, Health, and the Politics of Entanglement (University of California Press, 2014), e sua pesquisa sobre saúde humana-animal, toxicidade e ciência da saúde global foi publicada em periódicos como Cultural Anthropology, Medical Anthropology, American Anthropologist e Annual Review of Anthropology. Ele é Editor da Medical Anthropology Quarterly.

Pontos de Aprendizagem

  • Por que a noção de “ponto crítico” é útil como uma ferramenta crítica para a Antropologia Médica?
  • O que significa dizer que o risco de doença não está localizado, mas é “localizacional”?
  • No seu texto, o autor mostra que, embora as empresas que possuem os campos de cana-de-açúcar justificassem a doença renal crônica como resultado do calor ou de falhas morais, os trabalhadores da cana-de-açúcar, interlocutores da pesquisa, apontaram outros fatores. Quais foram esses fatores?