Novas e ancestrais habitabilidades: A aldeia Guarani-Mbyá de Pará Roké (Brasil)

Por Maria Paula Prates
Este curta-metragem aborda as experiências da colonialidade do Antropoceno. Pará Roké é um teko’a sonhado (espaços existenciais Mbyá). Yva o sonhou literalmente. Através de um sonho, foi-lhe dito que o novo teko’a de sua família seria perto do mar, no extremo sul do Brasil. Durante anos, Pará Roké foi um lugar destinado à pesquisa agroindustrial e, atualmente, as ruínas dos edifícios da FEPAGRO compartilham o espaço com as casas tradicionais Mbyá e as roças (cultivos de roça).
Maria Paula Prates é antropóloga social, trabalhando em temas relacionados à saúde, doença e cuidado, e interessada nas concepções de pessoa, corpo, saúde, vida e relações de cuidado. A saúde (re)produtiva e o Antropoceno, incluindo os saberes de parteira, a medicalização do parto e suas conexões com a devastação ambiental, além da poluição, toxicidades e o racismo obstétrico e ambiental, estão no centro de seus atuais temas de pesquisa. Ela se juntou ao Departamento de Antropologia da UCL em 2021, para trabalhar como Research Fellow em Antropologia Médica do Antropoceno no projeto EIA. Atualmente, é Professora Colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS) e Pesquisadora Afiliada na School of Anthropology & Museum Ethnography (SAME) da Universidade de Oxford.

Pontos de Aprendizagem

  • Como construímos habitabilidades no Antropoceno?
  • De que maneira e em quais configurações sociais os povos indígenas podem viver com as ruínas do legado colonial?
  • Quais são as possibilidades de engajamento com os processos de contracolonização (Nego Bispo, 2023)?