‘Apenas Grafite’ - Representações Corporativas de Matéria Particular em Santa Cruz, Rio de Janeiro

Delia Rizpah Hollowell
Rizpah Hollowell escreve sobre como a usina siderúrgica da ThyssenKrupp no Rio de Janeiro utilizou uma linguagem de relações públicas e ‘responsabilidade social corporativa’ para ocultar a violência que exerceu sobre as paisagens circundantes, vizinhos humanos e não humanos que ficaram cobertos por uma fina poeira metálica. Focando nas dinâmicas de poder menos visíveis, este artigo examina como as emoções podem moldar as experiências de conflito ambiental, formar políticas de coalizão e contribuir para as próprias paisagens do Antropoceno.
Delia Rizpah Hollowell é estudante de doutorado em Antropologia no University College London. Sua pesquisa explora experiências e compreensões sobre poluição industrial e conflito ambiental em Santa Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Ela já contribuiu anteriormente para projetos de pesquisa no Institute for Global Health da UCL e no Louis Dundas Centre for Children’s Palliative Care no UCL Great Ormond Street Institute of Child Health.

Pontos de Aprendizagem

  • Qual é o papel das emoções e do afeto na compreensão, experiência e vivência do sofrimento tóxico? O que as emoções e o trabalho emocional fazem nesse contexto?
  • O que constitui a imaterialidade das exposições e dos resíduos tóxicos neste artigo e de que maneiras isso constitui violência e/ou formas de “efeitos ferais”?
  • Como poderíamos examinar mais a fundo o discurso e a prática da “responsabilidade corporativa” no Antropoceno?
  • Qual é a relação entre trabalho emocional, agência política e ativismo?