No contexto da indústria de carne brasileira, uma gramática violenta, que catalisa relações assimétricas em ambientes altamente prejudiciais à saúde, opera por trás de um ideal de crescimento econômico. As fábricas de processamento de carne que invadiram o Brasil são baseadas em formas de operar frequentemente ocultas que estruturam desigualdades, como pobreza, racismo e discriminação, impactando negativamente a vida e o bem-estar das populações humanas e não-humanas. Com base na etnografia multiespécies, a análise proposta por Segata nos permite expandir a ideia da população afetada para além dos seres humanos. Segata questiona nossas escolhas (ou o que temos disponível como escolha) ou como a maneira como nos alimentamos está alimentando o fim do mundo?